quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Entrevista de Lisi Harrison para Revista Veja


As séries Harry Potter, Crepúsculo e Percy Jackson (em que o personagem principal é filho de um deus do Olimpo e enfrenta monstros) mostram que o mercado jovem é receptivo a esse tipo de enredo. Foi pensando nesse sucesso que Monster High surgiu?


Acredito que, inicialmente, esse fato chamou atenção, claro. Mas foi apenas um primeiro passo para que algo diferente surgisse, um universo em que os filhos de criaturas lendárias e temidas foge do que normalmente se diz sobre elas.


Entre os personagens está uma vampira adolescente que seria filha do Conde Drácula. O fenômeno de popularidade da saga Crepúsculo também a inspirou?


Li apenas o primeiro livro da série. Gostei do romance, por não ser uma história de terror que mostra os vampiros simplesmente como monstros. O personagem principal é um cara gentil, legal. Meu respeito pela série se deve ao fato de fugir do clichê.


Por que séries com monstros e garotos com poderes mágicos fazem tanto sucesso entre os adolescentes?


Porque há uma mensagem sobre ser diferente. Os monstros são uma metáfora sobre a adolescência. Faz parte dessa fase da vida ter questionamentos, sentir-se deslocado. Há uma identificação com os personagens, portanto.


Tecnicamente, Cleópatra não era um monstro. Por que, então, incluir a filha dela entre os personagens da série?


A Cleo de Nile é habilidosa, mandona e muito vaidosa como a mãe. Na história, a filha de Cleópatra tem poderes mágicos. Quem sabe não passaram de mãe para filha?


Os filhos de Medusa e Frankenstein também estão na história, entre outros. Na sua infância e adolescência era fã dos ‘pais’ dos personagens sobre os quais escreve agora?


Honestamente, não lia muito sobre eles. Por isso, o processo criativo foi mais legal. Pude dar qualidades e características que julgo interessantes sem me prender muito.


Como se inspirou para criar Monster High?


Recebi os bonecos desenvolvidos pela empresa. Fiquei olhando para eles no meu escritório e, a partir disso, criei um mundo inteiro. Pedi adaptações, a inclusão de acessórios para cabelo, pulseiras e alguns detalhes. E então a história toda e outros personagens nasceram.

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